AfD sob pressão: consequências profissionais para os membros da função pública?

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O antigo ministro da saúde Karl Lauterbach apoia alterações à lei sobre a adesão da AfD na função pública à medida que cresce a discussão sobre as classificações de extremismo de direita.

Ex-Gesundheitsminister Karl Lauterbach unterstützt Gesetzesänderungen zur AfD-Mitgliedschaft im Staatsdienst, während die Diskussion über rechtsextreme Einstufungen zunimmt.
O antigo ministro da saúde Karl Lauterbach apoia alterações à lei sobre a adesão da AfD na função pública à medida que cresce a discussão sobre as classificações de extremismo de direita.

AfD sob pressão: consequências profissionais para os membros da função pública?

Nas últimas semanas, a classificação do Gabinete Federal para a Protecção da Constituição da Alternativa para a Alemanha (AfD) como firmemente extremista de direita causou grande agitação. Muitos membros do partido que também trabalham no sector público estão preocupados com as possíveis consequências profissionais que podem surgir desta categorização. A discussão sobre regulamentos legais que restringem o acesso ao serviço público para membros de organizações extremistas está a ganhar força. Como Jornal de Berlim Segundo relatos, regulamentações correspondentes já estão sendo elaboradas em vários estados federais.

Em Hesse, por exemplo, o Ministro do Interior Roman Poseck (CDU) enfatiza a necessidade de funcionários policiais e administrativos apoiarem a ordem básica democrática livre. Embora alguns estados federais, como Baden-Württemberg, já tenham implementado medidas para verificar a filiação a organizações extremistas, a Baviera e a Renânia-Palatinado também estão a planear regulamentações semelhantes. Os candidatos ao serviço público terão em breve de decidir se revelam ou não a sua adesão à AfD, sendo já uma realidade em muitos países verificações de segurança sem motivo específico.

Medos no serviço público

Há inquietação entre funcionários e funcionários das autoridades. A AfD reagiu e publicou um folheto que pretende acalmar os receios dos seus membros do serviço público. Enfatiza que ninguém pode ser afastado do serviço ou demitido apenas por causa de sua classificação pelo Gabinete de Proteção da Constituição. No entanto, a incerteza permanece, porque os pedidos de regras do Gabinete para a Protecção da Constituição afectam todos os novos funcionários públicos em Brandeburgo, enquanto em Hamburgo e Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental o foco está especificamente nos agentes policiais e funcionários judiciais.

As regulamentações efectivamente aplicadas poderão ter um impacto duradouro nas carreiras profissionais de muitos membros da AfD. Uma discussão sobre possíveis consequências imediatas está pendente notícias diárias determina. Enquanto os políticos bávaros apelam a despedimentos, o Ministro do Interior de Hamburgo mostra-se relutante em proibir a AfD, embora vozes do SPD e da CDU não excluam tal medida.

A pressão sobre a AfD está crescendo

A própria AfD vê a classificação como “destruidora da democracia” e exige acesso ao extenso relatório que constitui a base desta classificação. O pano de fundo desta discussão não é apenas a adesão a um partido classificado como extremista de direita, mas também o não compromisso com a ordem básica democrática livre, que é vista como um pré-requisito para trabalhar na função pública. Esta atitude reflecte-se também na Declaração do Escritório para a Proteção da Constituição que aborda os desenvolvimentos extremistas de direita e os seus problemas sociais.

As próximas semanas serão provavelmente cruciais para o futuro cenário político na Alemanha. Resta saber se as temidas consequências se materializarão e como se desenvolverá o clima para os membros da AfD no serviço público. Contudo, uma coisa é certa: o tema será discutido em pormenor na próxima Conferência dos Ministros do Interior, em Bremerhaven, em Junho, e o interesse público nesta questão sensível continua elevado.