Críticas ao chefe ferroviário Lutz: planos de reestruturação do DB sob ataque!
O EVG critica o chefe ferroviário Lutz pelos planos de reestruturação e ativismo antes da planejada reestruturação da Deutsche Bahn.

Críticas ao chefe ferroviário Lutz: planos de reestruturação do DB sob ataque!
O plano de reestruturação da Deutsche Bahn é cada vez mais criticado. Numa carta recente a Berthold Huber, o Sindicato Ferroviário e de Transportes (EVG) afirmou que as medidas tomadas pelo chefe ferroviário Richard Lutz, em particular o conceito de reestruturação “S3”, ilustram mais do que apenas uma necessidade urgente de acção. Lutz é acusado de usar sua estratégia de reestruturação como uma distração para erros de gestão. Os funcionários aguardam agora informações claras e fundamentadas do conselho de administração para poderem classificar adequadamente a reestruturação necessária, conforme relata a Airliners.
O debate actual é particularmente aceso na sequência da reestruturação planeada dos prestadores de serviços internos da Deutsche Bahn, que deverá ser decidida em Julho. O EVG teme que as ações de Lutz criem fatos antes que o novo ministro dos Transportes, Patrick Schnieder (CDU), possa avaliar a situação da estatal. A contradição também surge da proposta do membro do conselho da EVG, Kristian Loroch, de atribuir vários gerentes de serviços ferroviários à divisão de infraestrutura DB Infra-GO, que também inclui DB Security e DB Lounges.
Necessidade de reforma em tempos de mudança
O pano de fundo desta discussão é o fato de o governo federal estar planejando uma reestruturação abrangente da empresa ferroviária. Estas reformas são necessárias para enfrentar os desafios crescentes do transporte ferroviário. A DB AG alcançou resultados económicos positivos nos últimos anos e conseguiu estabilizar quotas de mercado no transporte de passageiros e de mercadorias. No entanto, a infraestrutura da Deutsche Bahn está agora a envelhecer e apresenta défices significativos, como afirma a Deutsche Bahn.
Os principais desafios residem numa infraestrutura antiga e propensa a falhas, que não consegue acompanhar o crescimento do tráfego ferroviário. Faltam capacidade, robustez e, por último mas não menos importante, faltam os investimentos necessários para aumentar o desempenho dos caminhos-de-ferro. O governo federal iniciou, portanto, reformas desde 2015 que visam promover uma orientação para o bem comum da infraestrutura. No âmbito destas medidas foi também fundada a DB InfraGO AG, que foi fundada em 1 de janeiro de 2024 e persegue os objetivos de aumentar a quota de mercado no transporte ferroviário de mercadorias para 25% e duplicar o desempenho do transporte ferroviário de passageiros.
A crítica como companheira constante
As vozes críticas contra o curso de Lutz não são de forma alguma infundadas, embora devam sempre ser vistas no contexto das orientações políticas e das condições estruturais. O EVG confunde a linha entre a crítica necessária e o activismo, porque é importante dominar o equilíbrio entre a acção rápida e uma abordagem bem ponderada. A pressão para agir é elevada e com cada nova decisão sobre a direção vem a responsabilidade pelo desenvolvimento futuro da Deutsche Bahn. O sindicato acusa Lutz de agir com muita rapidez na situação atual, sem criar uma base sólida, o que complica ainda mais toda a discussão sobre as reformas.
Resta saber como será este debate animado sobre o futuro da Deutsche Bahn. Uma coisa é certa: o rumo deve ser traçado estrategicamente e, sobretudo, cuidadosamente pensado para atender tanto às necessidades dos passageiros quanto aos objetivos da empresa.