Protestos nas universidades: Hesse teme cortes de mil milhões de euros
Protestos na Universidade de Kassel contra os cortes no pacto universitário 2026-2030: funcionários e estudantes alertam para um défice enorme.

Protestos nas universidades: Hesse teme cortes de mil milhões de euros
Os protestos nas universidades de Hesse causaram agitação nos últimos dias. Estudantes e funcionários manifestaram-se contra os planos do governo estadual, que prevêem cortes massivos no financiamento da ciência e da educação para os anos de 2026 a 2030 como parte do pacto universitário. O receio de um défice de cerca de mil milhões de euros nos próximos seis anos paira sobre as universidades do país. O Ministro da Ciência, Timon Gremmels, teve de enfrentar resistência em diversas frentes.
A União da Educação e Ciência (GEW) e Verdi organizaram os protestos, que contaram com a presença de cerca de 450 pessoas, especialmente na Universidade de Kassel e na Universidade Técnica de Darmstadt. O evento foi realizado sob o lema “Sem Cortes”, o que ilustra a urgência do tema. As discussões sobre o pacto universitário são caracterizadas por frustrações e incertezas, principalmente no que diz respeito ao futuro das cátedras e das relações de trabalho. O Ministro da Ciência, Gremmels, fala de cortes necessários devido à queda das receitas fiscais.
Financiando medos
O défice previsto suscita preocupações sobre o subfinanciamento estrutural das universidades, alertam as autoridades universitárias. Uma redução permanente de dez por cento da força de trabalho é iminente. O GEW relatou insatisfação dos funcionários, reforçada inclusive pelo equipamento inadequado para experimentos, denunciado por um estudante de psicologia. O aumento anual de 2,12 por cento também é considerado demasiado baixo para cobrir os custos crescentes.
A Presidente da Universidade, Ute Clement, enfatizou nas suas declarações que não se tratava apenas de medidas de austeridade, mas de cortes profundos. A tensão emergente entre as universidades e o governo estadual também se reflete numa carta aberta dos conselhos de pessoal de várias universidades de Hesse, que foi dirigida ao governo estadual e aponta a necessidade de financiamento básico adequado.
Reações de oposição
A oposição criticou duramente os planos de financiamento, alguns até descreveram o pacto universitário como um “pacto universitário de poupança” e alertaram que não podem ser excluídos efeitos negativos a longo prazo na investigação, no ensino e no pessoal. A frustração é visível não só entre os manifestantes, mas também entre os políticos da educação, que apelam a uma mudança fundamental no financiamento das universidades, a fim de garantir a qualidade dos cursos oferecidos e o número de empregos. sim.
A onda de protestos também mostrou que existe um consenso geral sobre a importância das universidades para a sociedade e a economia. Embora o Ministro Gremmels enfatize o papel central das universidades para o futuro do país, permanece a questão de como estes planos devem ser implementados em tempos de orçamentos apertados. A discussão sobre o orçamento para 2025, já reivindicada pelos sindicatos, terá início no outono. As próximas decisões poderão determinar significativamente o futuro das universidades de Hesse.