Êxtase físico: dança e música minimalista encantam o público de Kassel!
Experimente uma apresentação de dança única de Andrea Peña, inspirada na música minimalista, no dia 16 de junho de 2025 no Kellertheater Kassel.

Êxtase físico: dança e música minimalista encantam o público de Kassel!
A tão esperada apresentação “Sinfonia Transmutada” de Andrea Peña aconteceu em 16 de junho de 2025 no bem lotado teatro subterrâneo do Fridericianum em Kassel. Assim que eles entraram, o conjunto fez o público começar com flexões rítmicas dos joelhos, enquanto uma música alta e mínima já tocava ao fundo. Esses sons, originados na década de 1960 nos EUA e fortemente influenciados por diversos estilos musicais como jazz e rock psicodélico, criaram uma atmosfera de ginástica única que se adequou a toda a apresentação. A música minimalista ignora em grande parte as convenções composicionais e cria um efeito hipnótico através de estruturas repetitivas e simplicidade tonal, que também pode ser encontrado na coreografia de Peña. Wikipedia relata que em muitos lugares é considerada uma espécie de antítese ao serialismo e que sua popularidade se estende muito além da música pop.
No espaço íntimo do teatro subterrâneo, os bailarinos não só executavam os seus movimentos em passos pequenos e cuidadosos, como também entravam em estados de transe, em que o tempo se tornava quase sem sentido para o público. Um dançarino até interagiu diretamente com um membro do público, fortalecendo ainda mais a conexão entre a performance e o público. Esta interação reflete o desejo de vivenciar nuances humanas em tempo real, como o coreógrafo havia sugerido anteriormente. A performance alternou ritmicamente entre ações coletivas, solos e encontros acrobáticos, destacando temas emocionais como solidão, medo e dor.
A estética do minimalismo na dança
A integração artística da dança e da música não é apenas uma característica da noite, mas também parte de uma tendência mais ampla no cenário artístico contemporâneo. A vanguarda revolucionou muitas formas de arte tradicionais desde o início do século XX e está atualmente a ter um impacto duradouro no desenvolvimento das artes performativas. Ações como acontecimentos e performances unem diferentes formas de arte e reúnem aspectos de tempo e espaço que antes estavam separados ZKM. Essa fusão promove uma nova forma de interação no campo da arte, que também fica evidente na obra de Peña.
O que foi particularmente impressionante foi como os grupos se transformaram em esculturas vivas e criaram uma atmosfera de experiência colectiva. A apresentação terminou abruptamente após uma hora, enquanto o público aplaudiu freneticamente e 99 espectadores aplaudiram de pé. Este entusiasmo é um exemplo claro da combinação bem sucedida de dança, música e o intenso mundo emocional da experiência. Peña falou sobre o objetivo de sua coreografia de proporcionar aos espectadores uma energia palpável e oferecer uma viagem compartilhada através das emoções humanas.
Conclusão e contexto
Embora a criação não seja descrita como inovadora, mas extremamente convincente, a discussão sobre o lugar das abordagens mínimas na arte contemporânea permanece viva. Coreógrafos como Peña inspiram-se na música minimalista, que, para além das suas características independentes, também se integra em novas formas de dança. A criação de uma experiência coletiva e o uso de elementos repetitivos na dança refletem uma estética de tendências cruzadas utilizada por muitos artistas contemporâneos.
Além disso, paralelamente a esta estreia, realizou-se um gigantesco festival de techno na vizinha praça Documenta, que destacou a diversidade cultural da cidade naquela noite. A ligação entre dança, música e vida urbana mostra quão viva e dinâmica é hoje a cena cultural de Kassel e como ela dialoga com as formas de arte tradicionais.